"... o tempo que passou, não volta não"
"Há muito, muito tempo, eras tu uma criança..." assim é o primeiro verso da canção do grande José Cid, dito a propósito no dia de hoje. Passaram 49 anos de uma vida da qual certamente já não desfrutarei em igual número, ainda que não perca o meu tempo a pensar neste dogma, antes a noção absoluta de que o tempo passa rápido, demasiadamente rápido. Já fui criança, adolescente, solteira, sem filhos, fases arrumadas lá atrás como se pertencessem a outra vida. Agora, aliás, há mais de 20 anos, a ser mãe e esposa, estados que me deixam na raia da plenitude, do empoderamento e da felicidade. Felicidade, sim, a mais pura, a essência que me preenche (apesar de dissabores, arrelias e preocupações que mancham o dia-a-dia dos comuns mortais) e que mora aqui, do lado esquerdo do meu peito, personificada pelo tanto que tenho. E que agradeço, diga-se. Não sou de grandes planos de futuro; vivo o presente com consciência do subaproveitamento que lhe é dado pelas mais var...