Um grande APLAUSO

 Isto de ser professor tem que se lhe diga. Entra-se nesta espiral e já embrenhado nela é que te apercebes que ou gostas ou detestas. Nem sequer se trata de saber(es); é de missão que falo. Ou tens espírito para isto ou não tens. Aliás, se tens, nota-se, se não tens, mais evidente se torna. Ponto.

Às vezes, em momentos de baixa pressão, desabafas e dizes que não aguentas mais, mas depois voltas, mesmo depois de uma noitada a corrigir testes porque já te pesa na consciência ver a pilha de testes em cima  da secretária a olhar para ti. Ou porque estiveste a estudar e a pesquisar sobre as estratégias e os instrumentos a usar na aula do dia seguinte. Ou porque sucumbiste ao cansaço do dia longo e adormeceste  no sofá mal te sentaste.

Sem vitimizações (apesar dos ataques) o professorado não lixa, é antes lixado! Pouca valorização profissional, salarial, e, se quiserem, estatutária. Mas continua-se lá, firme, até que Deus queira, até que o corpo e, mais frequentemente, a alma aguente.

Por isso, para todos aqueles que se encontram a corrigir exames nacionais, para os que ainda estão em aulas, para os classificadores de 2ª fase, para os que estão nos secretariados de exames, nas constituições de turmas e horários, na recolha de manuais, ... para todos quantos inspiraram e fizeram brilharetes (mesmo sem o topo da pirâmide saber), um grande aplauso!



#vidadeprofessora




Comentários

Onde mais se meteu o nariz