Coronavírus - é favor levar a sério!

Se hoje se elegesse a palavra que mais anda na boca do mundo seria sem dúvida, Coronavírus, o denominador comum que tomou de assalto a comunicação social, logo, o quotidiano de todos.

A confusão que para aqui vai é muita e no meio de tanta informação, não se sabe concretamente quase nada. Uns atuam de uma forma, outros de outra, mas ainda assim o que verdadeiramente me preocupa é a inconsciência e a despreocupação de muitos, mas pior, a ignorância. Em relação a esta, pouco há a fazer!

Mais uma vez se prova a diferença abissal entre oriente e ocidente. A forma como os orientais reagem e atuam perante a catástrofe  é de facto um modelo a seguir:  criou-se um hospital em 10 dias (se fosse cá ainda não tinha sido terminada a primeira reunião com um batalhão de gente, para esboçar o desenho do edifício) e isolou-se a população em quarentena. Facto é - e a ser verdade - o vírus entrou em remissão, ainda que com muitas mortes pelo caminho, é certo. A atuação em Macau foi irrepreensível! (10 casos diagnosticados - quarentena obrigatória da população - zero mortes).

Não é meu propósito vir para aqui mandar bitaites em relação a um assunto demasiadamente técnico. No entanto, basta ver o que se está a passar noutros países não muito distantes daqui, particularmente o caso dramático de Itália, para assim me sentir no dever de dizer algo, que não será mais do que o senso-comum (mas que não é tão comum quanto seria expectável) senão vejamos,

"Escolas fechadas! Yupiiiii!" E aí vai tudo para as estâncias balneares, qu'é um fartote!
"Era o que faltava estar em casa com este calor, vamos masé pá praia, qu'isto tem a ver é com os chineses e agora com os italianos, por isso o melhor é não ir às lojas deles, nem comer pizzas! Mas já agora, antes disso passamos só ali no supermercado e açambarcamos as prateleiras e fazemos um piquenique porque estamos ao ar livre e isso não tem mal nenhum, porque a tal distância de que se fala é uma treta; eu não sou de risco!"

Mas vocês, pessoas informadas e conscientes, sabem bem que são muitos a pensar e a agir assim. Demais!

Pois em mim, a preocupação está em crescente. Inicialmente também pensei que se tratava apenas de alarmismo da comunicação social e por desconhecimento ou atendendo à distância (outro continente, outro país) a situação cairia em remissão até porque os orientais descobrem e inventam tudo (com o devido respeito), por isso não seria desta vez diferente. Enganei-me.
Para além disto, por cá a situação flui de outra maneira, ou melhor, não flui pois ainda paira o desnorte.

Partilho os meus dias, o mesmo espaço, com miúdos da idade dos meus filhos, que tal como eles, tossem e espirram para todo o lado, bebem das garrafas uns dos outros, nem sempre têm o cuidado de lavar as mãos, e por isso vejo-me inserida numa espécie de centro nevrálgico, onde a possibilidade de contágio (meu e dos que me rodeiam) é exponencialmente mais elevada. E isto deixa-me de sobremaneira apreensiva.

Por esta razão, creio que há procedimentos que devemos executar, os quais para já não custam nada, os mesmos que transmito aos meus filhos e alunos:

2 - Lavar frequentemente as mãos (palmas, costas e entre os dedos) com sabão;

3 - Usar lenços de papel e deitá-los de imediato no lixo;

4 - Não espirrar/tossir para as mãos ou para cima dos outros, mas sim para o nosso cotovelo;

5- Evitar beijos e abraços (que são tão bons, mas por ora dispensáveis);

6 - Permanecer em quarentena caso esta seja determinada pela escola ou em casos mais particulares, pelos médicos. Levar esta indicação muito a sério!!

7 - Ainda que haja pessoas que correm mais riscos do que outras - fumadores, pessoas com problemas respiratórios, idosos,... o vírus pode instalar-se em qualquer um de nós.



Para os pais:

- Mantenha-se informado e atualizado através de fontes fidedignas;

- Siga as instruções da DGS

- Não omita informação à criança, adeque o conteúdo à idade e filtre o desnecessário;

- Ensine-lhe a lavar corretamente as mãos e exemplifique (os modelos são mais fáceis de ser seguidos quando observados);

- Coloque na mochila ou no bolso do casaco, um pacote de lenços de papel ou mais, caso a criança esteja constipada;

- Evite espaços públicos fechados, a não ser em casos estritamente necessários;

- Caso lhe demonstre receio ou até medo, não o desvalorize; explicar (o necessário) e informar é o melhor caminho;

- Explique-lhe que caso a escola seja encerrada se deve permanecer em casa, a fim de evitar (o mais o possível) o contágio. Se esta situação se verificar, seja um bom exemplo;

- Não lhe prometa que ninguém da família ou amigos será afetado pelo vírus;

- Não adquira produtos de 1ª necessidade em quantidades exageradas, pois podem não chegar para todos;

- Mantenha a calma (mais que não seja, aparente).


Não custa nada fazer a nossa parte, por mais pequena que seja. Por todos nós!

Apesar de ser invisível, este "bicho com coroa" é para ser levado a sério!


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CO = CORONA
VI = VÍRUS
D = DOENÇA







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