25 anos




Jamais conseguiria imaginar há 25 anos, que hoje estaria a escrever isto.
Não faço planos. Tudo acontece todos os dias, de forma mais ou menos espontânea e assim se vai solidificando. Se a base for forte, a construção cimenta-se da mesma forma. Assim tem sido.

Há 25 anos eu era uma miúda. Passava o ano de 1995.
Apesar do delírio da "primeira vista" não era amor, porque isso seria demais para mim.  Sentia-me incrédula com um relacionamento que até desejava, mas que achava não ter pernas para andar. Não sei explicar porquê. Por outro lado, sabia que dali nasceria um grande amor e uma vida a dois, de valor acrescentado.

Assim foi até hoje, 14 de fevereiro, o dia escolhido ao acaso pois desconhecíamos em concreto o dia D, o início da [nossa] história. Talvez por isto tenha resultado, por não termos certezas de nada, por não querermos nem isto nem aquilo, por não desejarmos tudo, quando tínhamos o que para nós era mais do que suficiente.

Passaram 25 anos. As borboletas no estômago desapareceram para agora pairar em redor, num tempo de primavera contínua, com dias mais ensolarados que outros, mas sempre de primavera; a estação do tempo ameno, agradável e de contínuo renascimento.
Hoje já há rugas e cabelos brancos, mais dores e menos performance: símbolos da maturidade, do passar do tempo, e inevitavelmente da velhice que se quer junta. Porque o amor é isto mesmo.

Se esta história fosse escrita em capítulos, ousaria dizer que encerrámos o primeiro, com final feliz. Esperam-se pelo menos, mais dois. Que assim seja.










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