Dia mundial do refugiado

Se esta triste realidade não existisse, hoje não se assinalaria o dia mundial do refugiado. Antes fosse.

É impossível ficar indiferente a este drama.
Tinham uma casa, como nós. Tinham uma cama, onde se deitavam todas as noites para um sono tranquilo, como nós. Tinham uma escola onde aprendiam e caminhavam a passos largos para serem os Homens do amanhã. Tinham, mas já não têm. Nem casa, nem cama, nem escola. Nem pai ou mãe, ou nenhum. São filhos do nada, quase sem história, sem país, sem teto. Sem honra, nem glória. Sem futuro. Carregam traumas e experiências inenarráveis, nada têm a não ser memórias. As boas dão-lhes forças, as más, essas malditas, cravam-se como tatuagem na pele. Fogem da guerra, da fome, do terror. Não, não saem porque lhes apetece. Ninguém que está bem, deixa o seu país. Jamais! Fazem-se ao mar num desespero que os cega mas quando vislumbram outro mundo, ninguém os quer.
Ninguém merece. Poderíamos ser nós.

Paz é a [palavra]-chave. Humanidade também.
Obrigada a todos os Miguel Duarte! Fizeram a vossa parte e bem!

Vale a pena pensar nisto.



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