Do Natal, na serra




A nossa segunda vez na serra, no natal. Soa-me sempre a imaginário infantil, aquele das histórias de encantar, acreditem - casinhas de pedra no meio da serra, chaminés a fumar e uma tranquilidade só vista.
Começar a preparar a ceia com tempo, tranquilamente, entre um copo de vinho e conversas a sério, a brincar e outras de deitar fora. Dar asas à imaginação com um pictionnary inventado, um jogo do STOP com muita batotice pelo meio, frases soltas escritas em guardanapos de papel, que compuseram um texto de rir até mais não. Valeu tudo.
A noite da consoada na fogueira da aldeia, a ouvir histórias com sotaque de encanto. Assim de mais ensurdecedor, só a água dos riachos vindos das nascentes da serra, ou o sino da igreja que tocava impreterivelmente a todas as horas. Sobrou ainda tempo para um piquenique no meio da serra, de modo a desfrutar de tudo quanto tínhamos direito.
Neve, apenas no ponto mais alto da serra; tempo ameno, dias ensolarados. Frio só à noite, nevoeiro, muito, coisa que dizem os de lá, é agora novidade.
Tanta genuinidade, tanto verde destruído por mãos de gente má, socalcos domesticados por outras de trabalho; casas desordenadamente construídas num equilíbrio vertiginoso, tal é a altitude. Aglomerados encaixados nos vales e perdidos no tempo. É assim a Serra da Estrela, ainda com tanto para descobrir.
Foram dias bons, muito bons, de um verdadeiro natal, sem consumismo, sem pressas, com tudo.






Sameiro, Manteigas e Torre
























Piódão

















































Obrigada Airbnb

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