Rapazes aprovados

Saíram hoje os resultados dos exames de 9ºano e fui cedo à escola para ir ver as notas. Primeira tentativa falhada; segunda certeira! Lá estavam elas, as avaliações... E a dificuldade que eu tive em focá-las pois não levava os óculos...

Esta minha ânsia devia-se ao suposto desempenho do meu filho mais velho, no exame de Português. A julgar pelas respostas que ele achava que tinha dado, eu vislumbrava uma nota miserável mas felizmente, as previsões falharam. Teve uma avaliação razoável, o que me deixou muito contente! E não só a mim. No momento em que estava a ver a pauta cruzei-me com a professora de Português que me confessava a alegria pelos resultados globais e particularmente o do Vasco; o mesmo por parte da DT. Obviamente que fiquei ainda mais contente. Como as percebo! Senão vejamos: tal como elas, também eu sou professora. E todos os professores ficam felizes por ver bons resultados, principalmente quando se trata de provas nacionais. No caso do meu filho, isto quase soa a prémio e porquê? Porque o rapaz não esteve este ano letivo, minimamente virado para a escola, ainda que não tivesse nenhuma negativa em final de período. As áreas de interesse foram claramente outras, o que me deixa a mim, enquanto sua mãe e a professores que se prezam, algum desapontamento. Ter e não aproveitar é mesmo um desperdício e no caso deste meu filho é um facto (infelizmente) comprovado. Tem (muitas) capacidades, tem em casa que o poderia ajudar... Caso para dizer que quando um não quer, dois não fazem. E é.
Quanto à matemática, foi contemplado com uma -quase- positiva (belo eufemismo!) Quase. Não chegou lá pelas razões já referidas, exceptuando a ajuda da minha parte pois sou pessoa das letras e não dos números. Tudo dito.
Ficou aliviado pois temia resultados pouco satisfatórios, tal era a consciência do que não fez - estudar, apesar da ajuda da professora de matemática e da explicadora, que faz mais por ele, do que ele próprio.

A matrícula foi feita à tarde. Ao mesmo tempo ouvia da mãe de um colega, o desabafo que tão bem compreendia e que se resume ao facto da entrega daquela papelada simbolizar uma das grandes mudanças das suas vidas (e das nossas). Não é só a distância (no caso do Vasco ainda maior). É o todo. Mas eles adaptam-se. E nós também.

O mais novo também já está matriculado e teve como me dizia, notas "na casa dos 80". Fartei-me de rir quando o ouvi dizer isto. E teve mesmo! Isto, para além de se ter superado num ritmo consideravelmente lento que tem. Por ele não se escrevia, só se faziam contas de cabeça e experiências. Déjà vu...
Falta ainda a reunião de avaliação do Tomás, a matrícula e com certeza, bons resultados porque trabalha para isso.

Assim são os meus rapazes, longe da perfeição e que me fazem andar num corrupio constante. Mas eu gosto. Aliás, o que seria de mim sem isto, sem eles?





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