Praticamente na idade da pedra

As ardósias são indiscutivelmente o maior símbolo do professorado, daquele à moda antiga, bem sei, porque nos dias de hoje, só é reconhecido por maiores de 10. Não obstante, o termo mais utilizado para além de não ser português - whiteboard - é na realidade a antítese do quadro preto, também assim chamado.
Sempre adorei escrever em quadros de ardósia. O barulho do giz na pedra deliciava-me, à exceção do barulhinho estridente e incomodativo de quando se escrevia com o pau a direito (isto soa um bocado a impropério...). Ainda na universidade escrevi em quadros, muitos deles já verdes, mas de giz. Depois já no ensino, começaram as substituições, o que me deixou francamente desgostosa.
Para além do despesismo em marcadores, a maioria não é sequer reciclada e o lixo indiferenciado é por norma o destino final, facto que se torna duplamente negativo.
Face a esta nostalgiazinha, há muito que procurava um exemplar. Mas não poderia ser das usuais dimensões, claro está, por razões óbvias. Tinha de ser assim uma coisa jeitosa, que funcionasse como peça decorativa. Então não é que sem esperar, me trazem um belíssimo arquétipo da perfeição, com aro em madeira (que já tive o cuidado de lixar) e que fica esplendoroso na parede da sala?! Isto é incrível! Como se não bastasse e neste caso concreto, um bem nunca vem só. E o que tenho eu a chegar?! Outro belíssimo exemplar que vai diretinho para o quarto de alguém que gosta muito de escrever, de deixar recados em bilhetes e até mesmo na imitação de quadro de ardósia que comprei nos chineses, mas no qual o giz teima em não escrever (tal é a qualidade).
Pois é, aqui a rapariguita que vos escreve está só assim em êxtase por tamanha oferta e deseja a quem lhos ofereceu, tudo e mais alguma coisa de bom!
Ah, e quem sabe não vai também servir de mensageiro, pois por aqui há alguém que perdeu o telemóvel na viagem de finalistas (coisas da vida...) e há outro equipamento que ameaça finar-se pois só me sabe dizer "o equipamento não está a responder". Com isto parece-me que caminhamos a passos largos para a idade da pedra :)
Pena que o quadro de giz não apanhe net...

quase igual a este
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