Uma vida chamada Vasco

Poderia publicar a história do dia em que nasceste, mas no alto de uns lustrosos 15 anos, há coisas que não são vistas da mesma maneira. Por enquanto fica guardada no melhor de mim e o registo escrito, a salvo. Quem sabe um dia, quem sabe.

Sempre adoraste ver televisão. Eras fã incondicional do Noddy! Depois veio o Ruca e dei-te a conhecer o Tom Sawyer a quem achavas graça. Mais tarde, o Bob o Construtor, que batia trunfos a todos e mais algum.  As escavadoras enchiam a casa, de pequenas a grandes, tão grandes que andavas a reboque! Deliravas quando as vias ao vivo, em movimento.
Depois veio o futebol e quase em simultâneo, a escolha do clube e um cachecol do Benfica oferecido pelo avô Tonico. Mudou-se a modalidade, mas nunca o clube e és de certeza, o maior Benfiquista que conheço! Genuíno, fiel, quem consegue chorar nas derrotas e nas vitórias! É assim que te quero na vida! Isto prova-te a raça e aquilo de que és feito.

Hoje, as máquinas e as personagens da infância deram lugar aos canais desportivos. E mais houvesse! Onde quer que estejas, o desporto domina e o futebol é rei! (O que às vezes me aborrece, como sabes).
São apenas quinze mas já tens vários caminhos à tua frente. E só podes escolher um! Mas tenho a certeza que vais acertar, como certa estou da capacidade e da determinação; às vezes (muitas vezes) falta a vontade.
Agora não queres, mas um dia lembrar-te-ás das escavadoras e dos desenhos animados. E vais pensar que nessa altura, a decisão mais difícil era escolher entre o Canal Panda ou o Disney. E vais ter saudades.

Agora, os beijos já são menos repenicados, os abraços menos sufocantes e o colo já não me chega ao tanto que cresceste. Mas hoje somos ainda mais; há 15 anos que somos unha e carne. Tu cresceste e a mãe do Vasco, também. Ensinaste-me muito. Nem sabes a sorte que tenho!

Para ti, o melhor, não apenas do mundo, que não é suficientemente grande. Do universo!
Eu cá estarei, para o que der e vier.
Parabéns, miúdo giro!

Foto: Aninhas


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