Meu querido computador

Vejo-me agora obrigada a usar um pc antigo, que uma pessoa - quase anjo - me conseguiu recuperar. Não era pelo computador, quero lá saber da máquina obsoleta e tããããããããão lenta; eu queria mesmo eram as centenas e centenas de fotos e videos dos meus filhos que estavam arquivadas nas entranhas do bicho!
Mas, pela boca morre o peixe, isto é, não gostava, não gostava, ah e tal é lento, mas é onde estou a teclar, sendo o único aparelho digital que me vale neste momento (à exceção do telemóvel que também está a querer festa!). Para usar qualquer tablet ou ipad cá em casa, é quase necessário tirar senha - tipo fila para o talho! Enfim...
Bem, mas isto para dizer, eu tinha um pc bastante razoável. TINHA. Mas TENHO um filho que é género - exterminador de material digital - na medida em que nos seus escassos anos de vida, já me partiu (involuntariamente) duas máquinas fotográficas e quase destruiu um computador, pois encalhou no cabo de alimentação, e o indefeso objeto caiu ao chão, claro está. Depois teve de ser submetido a um transplante de disco e  recuperou, na graça do Senhor. Mas desta vez, o processo foi silencioso; e segundo creio, o bendito aparelho parece ter sido confundido com uma máquina de secar! Passo a explicar: o menino chegou feito num pinto, molhadinho até aos ossos, e não permitindo a sua ingenuidade mais, pôs os tenizinhos a enxugar junto à braseira, na minha camilha de estimação. Ora o que é que aconteceu? A água começou a evaporar... e o que é que estava em cima desta pequena mesa? O meu pc, obviamente! E foi desta para melhor! E quem é que ficou pior? Eu! E o que é que está a fazer um brilharete neste momento? O meu velhinho e querido computador portátil! Tão fofinho!
Para além disto, é um regozijo abrir a pasta das imagens e ver todos os ficheiros organizados por datas e acontecimentos da primeira infância dos meus meninos, as quais me deixam embevecida. E tudo graças ao quê? Ao meu espetacular ASUS X51RL (praticamente um topo de gama!). Afinal, o vintage até está na moda...

Moral da história - dar valor ao que temos. Parece-vos bem?

Assim, devo a esta velha máquina, e a quem a recuperou (obrigada, obrigada), imagens como estas

Tempos que já não voltam e que passaram tão depressa... 

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