Areia demais para a minha camioneta

Às vezes dou por mim a pensar e até a comentar, que não consigo dar à conta a tudo. E o que é tudo? É muito! Uma quantidade incomensurável de coisas para fazer que nunca mais tem fim. Realmente, isto de termos de fazer coisas, contrariadamente, não está com nada! Limpar o pó, por exemplo, está no meu TOP de enervações das tarefas domésticas; seguem-se em ex aequo, o arrumar roupa e dobrar meias, que é digamos, a cereja - envenenada - no cimo do bolo! Esta função é adiada até à exaustão, isto é, até não haver um único parzinho de meias na gaveta.

Há tempos, o T alertou-me de véspera (teve esse cuidado) de que já não havia meias... Mas, eu quis acreditar que uma fada madrinha viria durante a noite, com o seu apetrecho mágico, resolver em instantes o que eu demoro horas a fazer. Infelizmente, não.

No dia seguinte, oiço o miúdo já enfadado, logo de manhã, a queixar-se que só tinha uns soquetes do Sporting para calçar. Encolhi os ombros e tentei remediar a situação:
- T, essas são meias como outras quaisquer. E até são do Sporting!
- Mãe, achas que vou levar estas meias, assim vestido?
- Acho! Porque não há outras...
E lá foi com os soquetes do seu clube do coração, a espalhar charme! :)

À noite, fizemos o "jogo da memória", um eufemismo que eu arranjei para os convencer a dobrar meias (dezenas...). A dobragem foi intervalada por episódios de fantoches com as meias enfiadas nas mãos e que acabavam com agressões mútuas entre as personagens. O V fingia que dobrava meias e tecia comentários pouco abonatórios à brincadeira dos irmãos.

Bem , resumindo, dobraram pouco mais de 5 ou 6 pares de meias, daquelas  que mais se destacam, porque as pretas e azuis escuras sobraram mesmo para a fada do lar - euzinha!

Vá lá Euromilhões, vá lá!








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