Partir cedo demais

A morte é tão natural como a vida.
Encerra um ciclo, uma história, e só de pensar, causa arrepios. Temêmo-la sempre, não gostamos de falar nela. Mas estou a escrever sobre... porque também é necessário falar/escrever/ler sobre o que não gostamos, ou melhor, sobre o que temos medo. Eu tenho.

Todos a tentamos evitar, mas ela, mais tarde ou mais cedo, chega. Por vezes atraiçoa e chega antes de tempo, sem apresentações, sem cerimónias, e devasta tudo e todos em seu redor. Ainda assim, o pior de tudo é quando, deliberadamente, alguém a chama e ela acode sem questionar [porque esta maldita é uma verdadeira sanguessuga]. Aí o mundo pára e faz-nos pensar, principalmente, quando quem o faz, tem pouco mais de duas mãos cheias de anos, uma vida pela frente, amigos, família... e talvez uma mágoa que lhe dilacera o coração. Ou nada.

Fica o vazio, a ausência, a procura de razões sem resposta, a revolta, a saudade. E ninguém lhe fica indiferente.


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