Macaquinhos de imitação

É certo e sabido que os pais funcionam  como modelos para os filhos, para o bem e para o mal. Isto reflete-se em inúmeras coisas, como sabemos, e que vão desde a forma de falar, às expressões que utilizamos, aos comportamentos,...
Se por vezes grito, é normal que eles também o façam em situações que não lhes agradam ou noutras que não controlam. E este é claramente um "mau modelo" e que recrimino quando vejo. Nestes momentos tento fazer um refresh e prometo a mim própria, não repetir, o que nem sempre é fácil...

Inevitavelmente, quanto mais pequenos, mais imitadores são: reproduzem o que ouvem, copiam atitudes e hábitos, comportando-se de maneira semelhante.

Ontem, ao serão, aconteceu um episódio peculiar. O pequeno seguia tudo o que eu fazia. Peguei no tablet e logo de seguida, o rapaz fez o mesmo; escovei os dentes e ele, de forma deliberada (o que nem sempre acontece) pegou na sua escova e fê-lo também. Quis deitar-se na minha cama. Como me viu a ler, foi também buscar um livro tentando fingir que, tal como a mãe, também o fazia. Acabou por ceder e pediu-me para lhe ler a história. Assim o fiz.
Este é sem dúvida um bom exemplo (felizmente, entre muitos outros) pois é pouco provável que as crianças tenham vontade de ler quando à sua volta não existe o exemplo, nem qualquer outro estímulo para que o façam ou tenham curiosidade para fazer.

É entre bons e maus exemplos que vamos aprendendo a ser mães e pais. Sorte daqueles que se apercebem e corrigem ou tentam amenizar os "maus". A isto chama-se consciência e quando a temos é porque estamos no caminho certo. Afinal, estamos sempre a tempo de mudar para melhor. Os filhos ensinam-nos muito! Os pais (às vezes) é que não querem admitir.

Só para terminar: não andem atrás da perfeição, nem a apregoem aos quatro ventos, porque ela simplesmente... não existe!






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