Filhos "assoprados"
Voltámos à pediatra para mostrar o exame ao coração.
Tenho três filhos "assoprados". Estreei-me aos 6 meses com o V. Aos 5 meses do T foi o déjà vu, que se repetiu logo à nascença com o M, o qual tinha o canal arterial aberto.
Ora portanto, isto bem visto, já fui mais vezes à cardiologia pediátrica (entre exames e consultas) do que ao Oceanário, Jardim Zoológico ou qualquer parque aquático!
Felizmente, nunca foi nada de grave. As milimétricas fissuras exigiam vigilância periódica mas acabaram por fechar. O M foi o que teve alta clínica mais tarde pois a patologia também era diferente.
Há dias, quando fomos fazer os exames (ECG e Dopller), a cardiologista disse-lhe:
- O seu coração está perfeito! Daqui só sai amor!
Achei-lhe piada pela descontração e senti-me, obviamente aliviada.
Tudo resolvido, caso encerrado!
A pediatra chegou visivelmente exausta. Confessou-nos que tinha acabado de sair de banco, passou por casa para tomar um duche e ir para o consultório.
Por vezes esquecemo-nos de que os médicos são "humanos", logo, com necessidades básicas, com família... Trabalham horas a fio, na tentativa de dar o seu melhor, muitas vezes já sem condições para tal. São a classe profissional com maior percurso académico, pior remunerada (falo de médicos do SNS). Porém, estão sempre "lá" para acudir às emergências e àquelas que não o são, mas que entopem as urgências, quase sempre à pinha.
Há médicos muito bons e há médicos mais ou menos. Já conheci de tudo, mas ainda assim, o balanço é positivo. No fundo, (os bons) são para mim uma espécie de heróis com poderes mágicos, os quais lhes permitem salvar vidas. Estão para mim, imediatamente abaixo de Deus.
Há médicos muito bons e há médicos mais ou menos. Já conheci de tudo, mas ainda assim, o balanço é positivo. No fundo, (os bons) são para mim uma espécie de heróis com poderes mágicos, os quais lhes permitem salvar vidas. Estão para mim, imediatamente abaixo de Deus.
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