Cansada mas persistente
A semana tem sido dura, como será a de muitas mães e pais, neste altura de testes.
Às vezes questiono-me por que razão, os professores que também são pais, não têm mais sensibilidade no agendamento das provas. Esta semana o mano mais velho já teve três; amanhã terá o último, por sinal o seu calcanhar de Aquiles - Inglês.
Já andam os dois notoriamente cansados, e eu sinto-me esgotada, mas sobretudo, com um sentimento de dever não cumprido.
Já o disse aqui, que o mano mais velho tem PHDA (Perturbação da Hiperatividade e Défice de Atenção). Pode-se até pensar que é daquelas "coisas" da moda, mas não. Antes fosse... Normalmente estas crianças apresentam um QI acima da média, são por assim dizer out the box: curiosas, refletem e questionam sobre situações que as rodeiam, contestam, expressam opiniões, são sensíveis,... E eu comprovo tudo isto. Mas, também se alheam com uma facilidade incrível, daquilo que para os outros é o mais importante - ter um bom desempenho escolar.
Em situações in extremis deixa-me angustiada, triste, zangada, cansada... o facto de ter um filho com capacidades que não aproveita. E acredite-se ou não, não sou do género de mãe que "sufoca" os filhos com o estudo; exijo deles aquilo que sei que conseguem. Só. Quero-os de excelência à medida das suas capacidades. Têm-nas sim, mas não os faço escravos do saber, à força, como o fazem muitos pais (que lá terão as suas razões). Se tiverem de ser bons, sê-lo-ão, na-tu-ral-men-te.
Contudo, não depende apenas da nossa vontade... Quando um não quer, dois não conseguem...
Deparo-me com uma verdadeira rejeição do estudo, com argumentos absolutamente absurdos e que me tiram do sério. Tudo serve de desculpa para não fazer: a sede, a fome, o sono, os jogos (às escondidas, claro)... o "não percebo nada disto", o "não gosto de Geografia, nem de FQ, ....". Tudo serve para não estudar. E isto desgasta, cansa, martiriza verdadeiramente.
Durante o seu percurso escolar sempre foi "habitual" uma descida nas avaliações do 2º período, pois é normalmente o mais extenso (aspeto que não se regista neste ano letivo). O cansaço das atividades vai-se acumulando e a desmotivação vai-se instalando. Achava eu, que pelos resultados do 1º período, a "coisa" estava encaminhada, mas não. Que tonta que fui!
A juntar a tudo isto e com a puberdade a afirmar-se, o processo torna-se mais complicado. Mas não vou desistir, embora às vezes me apeteça!
Só quem passa sabe o que é. E às vezes, quase já na fronteira do "irracional", também eu não percebo, não arranjo explicação e não me conformo. Mas depois, sei que é mais forte do que ele... E que fica triste por saber que me desilude... mas não consegue evitar.
Embora cansada, eu vou cá estar. Nem que seja para o relembrar de que é capaz.
Às vezes questiono-me por que razão, os professores que também são pais, não têm mais sensibilidade no agendamento das provas. Esta semana o mano mais velho já teve três; amanhã terá o último, por sinal o seu calcanhar de Aquiles - Inglês.
Já andam os dois notoriamente cansados, e eu sinto-me esgotada, mas sobretudo, com um sentimento de dever não cumprido.
Já o disse aqui, que o mano mais velho tem PHDA (Perturbação da Hiperatividade e Défice de Atenção). Pode-se até pensar que é daquelas "coisas" da moda, mas não. Antes fosse... Normalmente estas crianças apresentam um QI acima da média, são por assim dizer out the box: curiosas, refletem e questionam sobre situações que as rodeiam, contestam, expressam opiniões, são sensíveis,... E eu comprovo tudo isto. Mas, também se alheam com uma facilidade incrível, daquilo que para os outros é o mais importante - ter um bom desempenho escolar.
Em situações in extremis deixa-me angustiada, triste, zangada, cansada... o facto de ter um filho com capacidades que não aproveita. E acredite-se ou não, não sou do género de mãe que "sufoca" os filhos com o estudo; exijo deles aquilo que sei que conseguem. Só. Quero-os de excelência à medida das suas capacidades. Têm-nas sim, mas não os faço escravos do saber, à força, como o fazem muitos pais (que lá terão as suas razões). Se tiverem de ser bons, sê-lo-ão, na-tu-ral-men-te.
Contudo, não depende apenas da nossa vontade... Quando um não quer, dois não conseguem...
Deparo-me com uma verdadeira rejeição do estudo, com argumentos absolutamente absurdos e que me tiram do sério. Tudo serve de desculpa para não fazer: a sede, a fome, o sono, os jogos (às escondidas, claro)... o "não percebo nada disto", o "não gosto de Geografia, nem de FQ, ....". Tudo serve para não estudar. E isto desgasta, cansa, martiriza verdadeiramente.
Durante o seu percurso escolar sempre foi "habitual" uma descida nas avaliações do 2º período, pois é normalmente o mais extenso (aspeto que não se regista neste ano letivo). O cansaço das atividades vai-se acumulando e a desmotivação vai-se instalando. Achava eu, que pelos resultados do 1º período, a "coisa" estava encaminhada, mas não. Que tonta que fui!
A juntar a tudo isto e com a puberdade a afirmar-se, o processo torna-se mais complicado. Mas não vou desistir, embora às vezes me apeteça!
Só quem passa sabe o que é. E às vezes, quase já na fronteira do "irracional", também eu não percebo, não arranjo explicação e não me conformo. Mas depois, sei que é mais forte do que ele... E que fica triste por saber que me desilude... mas não consegue evitar.
Embora cansada, eu vou cá estar. Nem que seja para o relembrar de que é capaz.
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