07/12/2002

Um dia marcante e sui generis.

Acho que a grande maioria das noivas, pelo menos as que conheço, estão no dia do casamento, uma pilha de nervos, não comem, não esperam pelos futuros maridos. Desta forma, chego à conclusão de que fui uma noiva "às avessas"!

O pré-cerimónia não podia ter sido mais calmo: cheguei do cabeleireiro com tempo de sobra para almoçar, maquilhar e vestir. Saí de casa da minha mãe à hora prevista e combinada. Mas, uma fila imensa de carros teve de parar na estrada para dar tempo ao noivo de chegar à igreja (esperar junto a ela, seria barraca a mais). Esta peripécia poderia ter sido fatal para qualquer coração fraquito, mas não o meu. Com a maior das tranquilidades, esperei, e quando foi dado o OK, a coluna lá avançou até à igreja! :)
Lembro-me como se fosse hoje, das palavras do P. João (que fazia anos nesse dia, e continua a fazer, felizmente). Não esqueço a emoção e a convicção com que as ouvi. Estava tão feliz; estávamos felizes. E continuamos. Faria tudo igual, voltaria a sentir o mesmo, a dizer o mesmo. 

Estão volvidos treze, de muitos anos. 

Obrigada por me proporcionares a vida que temos, obrigada por sermos pais dos mesmos filhos, obrigada por teres confiado, obrigada por seres o meu maior amigo e me compreenderes mal olhas para mim, obrigada por termos crescido juntos, obrigada por me dares mimo, obrigada por me dares música (na verdadeira acessão da palavra!)...
As descobertas, as alegrias, algumas birras e amuos construíram-nos, fortaleceram-nos. E assim vai continuar a ser, como acontece com todos. Mas nós não somos "todos", nós somos nós, somos um só. 

Efetivamente, o amor não se escreve em palavras, sente-se, vive-se, demonstra-se. E é isso que continuaremos a fazer.


07|12|2002



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