Não imagino...

Falo-vos da imagem do dia, que não vou publicar. Foi a primeira que vi, mal acordei. Fiquei sem palavras, atónita. Chorei. 
Muitas outras há que espelham o sofrimento atroz e o maior desprezo ao qual foram votadas pessoas que não fizeram mal a ninguém. Tudo por conta de caprichos de um estado que ninguém sabe onde quer ou vai chegar.


E ninguém faz nada? É a pergunta que todos fazemos, porém, sem resposta.


Não imagino o sofrimento de uma mãe a ver um filho morrer, em nome de uma guerra sem razão (como são todas); não imagino o sobressalto diário, constante, dos bombardeamentos que devastam cidades inteiras; não imagino a chacina e as mutilações a que homens, mulheres, crianças são submetidos; não imagino a revolta e o desgosto de quem ficou órfão; não imagino o que é ter fome e não ter o que comer; não imagino o que é morrer à mingua por falta de assistência médica; não imagino uma viagem num bote de borracha, atolado de pessoas, em mar alto, cujo objetivo é sobreviver e ter uma vida; não imagino o que é barrarem a entrada a pessoas que não mais conhecem senão o martírio de uma cruel ditadura.

E ninguém faz nada!


imagem Semanário Sol

                           

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Onde mais se meteu o nariz