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O facto de saber que qualquer mãe de filhos pequenos está doente, deixa-me sempre comovida. Inevitavelmente, penso também nos miúdos e na insuportável angústia que carregam em si, por tamanha impotência perante a doença.

Cada um reage de diferente forma, não há um perfil ou reação igual.
Lido de perto com alguns que se encontram nesta situação. São novos, demasiado novos, para falarem em cancro, tratamentos, cirurgias, mas falam. Uns mais do que outros. Há os que choram, os que se escondem atrás de um sorriso amarelo e nervoso, e outros camuflados por uma extrema revolta com aqueles que os rodeiam. Não sei de qual tenho mais pena. Às vezes, apetece abraçar e dar colo, falar sobre e dizer que vai correr tudo bem. Mas é tema de dificil abordagem...
Como pedir a estes miúdos que se concentrem, quando se vislumbra, a olho nu, um vazio de alma?
Certamente haverá finais mais felizes do que outros, mas todos, e aqui sim, terão em comum as lágrimas, o medo e o sobressalto. Têm pouco mais do que duas mãos cheias de anos e já sabem que "a semana que vem" será pior, não pela quantidade de testes, não porque têm muito para estudar ou trabalhos para apresentar. Mas sim, porque é a semana do tratamento e os dias seguintes são sempre (ainda mais) difíceis.
Impossível não nos comovermos, só de assistir.
Dificil mesmo, é o drama e angústia destas e de outras mães, as quais, também impotentes, tentam continuar a sua missão, a de dar colo aos seus meninos. Porque a químio pode ficar para depois...



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