Biodiversidades

Já estava desabituada disto e já não me lembrava bem do ritmo de trabalho tão lento que o meu filho mais novo tem. Também creio que isto deve ser cíclico ou intermitente, pois em muito me faz lembrar a cria mais velha, que está bem melhor! Isto com a idade vai lá…
Se me atrevesse a ir ao quarto talvez saísse igual ao segundo, do qual não me lembro de alguma vez se queixar de fazer o que quer que fosse. Mas não, a saga termina assim mesmo, em ritmo lento.

Está ao meu lado a fazer uma cópia; meia dúzia de frases sobre a naturalidade e a nacionalidade, contudo, está de volta daquilo há mais de uma hora. Entretanto, já lhe corrigi alguns erros ortográficos, que às vezes nem sei se o são concretamente, tal é o nível da caligrafia. Meu Deus!
Eu que era a melhor coisinha que me podiam dar, aliás eu poderia até ter sido copista no século XII, que não me importava nada! Já este meu menino… Efetivamente não se pode ser bom em tudo, pois ganha trunfos em jogos de lógica e  de raciocínio, o que a bem da verdade, nunca foi a minha praia.

Hoje até me estou a aguentar porque é a primeira vez que traz tpc, um acontecimento extraordinário! Se fosse à semelhança do ano passado, já teria feito dez atividades em casa, e a minha paciência já estaria na reserva (logo pr'ai desde a primeira semana). Mas, como é o primeiro dia (embora a intuição me diga que o trabalho foi mandado para o fim de semana) até estou calma. Não sei se daqui a meia hora poderei dizer o mesmo (atendendo ao desembaraço), mas há que fomentar a parentalidade positiva, mais que não seja porque até é uma designação recente e fica sempre bem usar, mas na verdade são mais os que se passam da marmita quando às 10 da noite, já hora do sossego, os pobres coitados ainda estão de volta ou do que não se fez na escola ou do que ainda há para fazer, porque ficarão com certeza muito mais espertos!

O que é certo é que (e não querendo agoirar) a continuar assim, está perfeito. Obrigada, nova professora, por não contribuir para mais uns cabelinhos brancos aqui da pessoa. E o menino agradece, que como bom alentejano que se preze, é mocinho dado à calmaria. As pressas e gritarias assentam-lhe mal.
Os ritmos das crianças devem ser respeitados; cada um tem o seu. Bem sei que há dias, há momentos em que não é fácil. Sei. Mas também sei que um aluno que seja mais despachado não tem necessariamente mais capacidades que outro que leva mais tempo a cumprir uma tarefa. Ajustar é essencial. E segundo me parece, todos saem a ganhar.
Biodiversidades…




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