Era uma vez...
Quase todas as noites se lê uma história. Algumas relêem-se tantas vezes que o texto está praticamente decorado. Às vezes faço batota (mas não devia) e sou logo apanhada:
- Mãe passaste uma página!
- Opssss, pois passei... e lá volto atrás para a mesma lenga-lenga.
Hoje foi a vez do "Rei Leão", um clássico da Disney. É peculiar como a perda mexe com todos eles, não só os meus, mas todos. E ainda bem. É sinal de que são meninos de bem e de afetos.
Todos gostam de histórias, ficam muito atentos. Refletem e questionam. Mas nunca vi nada como o mano mais velho. Desde muito pequeno que se emociona a ver os filmes da Disney e outros desenhos animados, que puxam ao sentimento. Jamais esquecerei a leitura do conto de José Luís Peixoto - "A Mãe que chovia". O V. chorou e fez-me chorar também. E é de facto uma linda e emocionante história, sobre uma mãe (atípica) que ama incondicionalmente o seu filho, o qual a dada altura acha que não é correspondido. Vale mesmo a pena ler!
Neste momento, está (estamos) a ler "Quando fores mãe, vais ver" da escritora Ana Saragoça. Integra as obras de leitura obrigatória, sugerido pela professora de Português. É muito animado e descontraído e lê-se num ápice. Brevemente a escritora virá à escola.
O mano do meio gosta mais de escrever do que ler. E modéstia à parte, fá-lo com bastante correção e muita criatividade. Já participou num sarau de poesia, onde fez sucesso; quando conheceu a escritora Ana Maria Magalhães sussurrou-lhe ao ouvido que também queria ser escritor! E a Senhora escreveu-lhe na dedicatória "Para o T, o meu futuro colega escritor...". Que assim seja. Ficou radiante.
Gostava que lessem mais. Mas o tempo nem sempre é suficiente para tanta exigência, para tanta atividade, para tanto tpc. Caem na cama e adormecem.
Vitória, vitória, acabou-se a história!
Boa noite.
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